sexta-feira, 20 de maio de 2011

É preciso mudança de hábito

Silas Bonetti
Fonte: Site NoticiaAqui

Numa tentativa de diminuir o índice de notificações da dengue e eliminar o risco de uma epidemia em toda Minas Gerais, foi sancionada, no início deste ano, uma lei que regulamenta as medidas adotadas pelo Governo no combate à doença. De acordo com a lei, permitir a existência de focos do Aedes aegypti é uma infração sanitária que está sujeita a pena educativa e multa. Permitir que materiais que acumulem água fiquem expostos às condições climáticas ou deixar de adotar medidas de controle que impeçam a existência dos focos são condições sujeita à aplicação da lei.

Segundo o assessor jurídico da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Ricardo Assis, não deixar que o agente de saúde visite o interior dos imóveis é um exemplo de atitude passível de penalidade. Para ele também é preciso atenção com a dengue hemorrágica.

Dengue hemorrágica requer atenção redobrada da população

Não é apenas quem já teve dengue clássica que corre o risco de contrair a dengue hemorrágica. É um mito a crença de que a primeira infecção por dengue será sempre benigna e que qualquer infecção secundária evoluirá com gravidade. Há, sim, uma maior probabilidade de incidência da forma hemorrágica nos casos de uma nova infecção. Entretanto, a dengue clássica pode se associar a outros fatores gerando complicações do quadro clínico e, inclusive, a evolução para a dengue hemorrágica.

O que é a dengue hemorrágica?

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, infectado pelo vírus. Ela pode se apresentar nas seguintes formas: dengue clássica, dengue hemorrágica e dengue com complicações.

Geralmente, a doença inicia-se de forma repentina e dura de dois a sete dias. A pessoa infectada tem febre alta (acima de 38,5°C), associada a pelo menos dois sintomas, como dores de cabeça, cansaço, dor no corpo e nas articulações, dor atrás do olho, falta de apetite, indisposição, enjôos, vômitos e manchas vermelhas na pele.

As manifestações hemorrágicas podem ocorrer após o terceiro ou quarto dia da doença, quando surgem sangramentos nasais, gengivais, urinários, gastrointestinais ou alterações menstruais. Para ser considerada dengue hemorrágica, é necessário que ocorram sangramentos associados à diminuição da dosagem de plaquetas (menor que 100 mil/mm3), aumento da permeabilidade capilar, elevação do hematócrito em 20% e hipoalbuminemia ou derrame pleural ou ascite.

Cuidado redobrado

O cuidado com a dengue hemorrágica deve ser redobrado, pois é uma manifestação mais perigosa da doença e a mortalidade chega a aproximadamente 3%. A recomendação é que a partir dos primeiros sintomas, a pessoa procure o serviço médico. É o profissional de saúde quem deverá decidir sobre a melhor forma de tratamento. (PN)

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